domingo, 24 de janeiro de 2010

(DIRETO DO HAITI) Mortos por terremoto no Haiti ultrapassam 150 mil



Mais de 150 mil pessoas já foram enterradas em Porto Príncipe, capital do Haiti, após o terremoto que atingiu o país no último dia 12, afirmou neste domingo (24) a ministra da Comunicação do Haiti, Marie Laurence Jocelyn Lassegue, citada pelo jornal americano The New York Times. Marie acrescentou que pelo menos 200 mil pessoas estão desabrigadas na capital e que mais de 250 mil moradores de Porto Príncipe se mudaram para outras províncias do Haiti. A ministra haitiana ressaltou que os 150 mil mortos incluem apenas aqueles que foram enterrados pelo governo, não levando em conta as pessoas sepultadas ou queimadas pelos próprios familiares. O número também não leva em conta os mortos de outras cidades do Haiti, como Jacmel, onde milhares de pessoas possivelmente morreram. Neste sábado (23), Marie Laurence já havia alertado que o número de vítimas fatais do terremoto possivelmente chegaria aos 150 mil antes do fim do domingo. Os corpos estão sendo retirados por caminhões do governo e levados para uma vala comum no norte de Porto Príncipe. A contagem de mortos é baseada principalmente nesse enterro coletivo realizado pelas autoridades haitianas. Por isso, as estatísticas oficiais ainda são pouco confiáveis e o número exato de vítimas dificilmente chegará a ser conhecido. Ainda assim, o governo do Haiti e as autoridades internacionais temem que o total de mortos em virtude do terremoto possa ultrapassar os 200 mil.
Países se reunirão no Canadá Nesta segunda-feira (25), representantes de vários países, entre eles Brasil, Estados Unidos e França, participarão de uma reunião de emergência em Montreal, no Canadá, para preparar uma conferência internacional sobre a reconstrução do Haiti. A coordenação dos esforços internacionais para recuperar o país, onde 200 mil feridos e pelo menos um milhão de desabrigados dependem totalmente da ajuda humanitária internacional para sobreviver, é de crucial importância, já que a infraestrutura estatal haitiana, que já era precária antes do sismo, foi destruída. Estarão presentes à reunião a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, e o chefe da diplomacia francesa, Bernard Kouchner. A chefe da diplomacia canadense, Lawrence Cannon, presidirá o encontro.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

(TRAGÉDIA NO HAITI) Mundo oferece ajuda, enquanto equipes de resgate correm contra o tempo

PORTO PRÍNCIPE - Milhares de pessoas seguem ao relento em Porto Príncipe enquanto equipes de resgate de várias partes do mundo e aviões carregados de suprimentos começam a chegar lentamente ao Haiti em uma luta contra o tempo para encontrar sobreviventes do terremoto que atingiu o país na terça-feira (12). O tremor, de 7 graus na escala Ritcher, foi o pior a atingir o país em 200 anos.
Veja fotos da destruição após terremoto no Haiti

Visivelmente comovido com a tragédia, o presidente dos Estados Unidos,Barack Obama anunciou nesta quinta-feira uma ajuda inicial de US$ 100 milhões para o Haiti e ordenou que seu governo coloque no topo da agenda a ajuda a esse país.
Também nesta quinta-feira, o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, anunciou que a instituição oferecerá US$ 100 milhões "de forma imediata" ao Haiti para se recuperar do terremoto da terça-feira.
AFP
Haitianos ao relento em Porto Príncipe
Sem um número definido de mortos e desaparecidos, as equipes de resgate enfrentam dificuldades para a organização e a locomoção pelas cidades haitianas por causa do estado das ruas e estradas após o terremoto.
Ainda não havia sinais de operações de resgate organizadas para as vítimas sob os escombros, e os médicos no Haiti, o país mais pobre do Ocidente, estavam mal equipados para tratar os feridos. Muitos haitianos remover com as próprias mãos pedaços de concreto, buscando libertar os que foram enterrados vivos. Um estoniano de 35 anos, Tarmo Joveer, foi libertado dos escombros de um prédio das Nações Unidas nesta quinta-feira.A Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou nesta quinta-feira a morte de pelo menos 36 funcionários após o desabamento da sede da entidade no Haiti e de outros prédios no tremor.
Entre os mortos estão quatro policiais da ONU, 13 funcionários civis e 19 militares, disse o alto representante da ONU David Wimhurst. O Exército brasileiro informou que 14 soldados do Brasil estão entre os mortos. A organização tem 200 desaparecidos sob os escombros.
A Cruz Vermelha haitiana estimou o número de mortos entre 45 mil e 50 mil e em 3 milhões os afetados pelo tremor, o pior em 200 anos a atingir o país. Há dezenas ou centenas de milhares de pessoas que perderam suas casas. Por causa do grau de destruição, autoridades haitianas chegaram até a afirmar na quarta-feira que o número de mortos poderia chegar a 100 mil.
População em choque
Em choque, muitos haitianos vagavam nesta quinta-feira pelas ruas de Porto Príncipel, buscando desesperadamente água, comida e remédio. "Dinheiro não vale nada agora; água é a moeda", disse um funcionário de ajuda humanitária à Reuters.
Na noite de quarta-feira, os sobreviventes dormiram nas ruas com medo de voltar para suas casas precárias. Era possível ver mulheres cantando canções religiosas tradicionais no escuro, enquanto oravam para os mortos."Elas cantam porque querem que Deus faça alguma coisa. Elas querem que Deus as ajude. Todos queremos", disse Dermene Duma, funcionária do Hotel Villa Creole, que perdeu quatro parentes.Saqueadores invadiram um supermercado danificado pelo tremor em um bairro de Porto Príncipe, levando eletrônicos e sacos de arroz. Outros tiraram gasolina de um caminhão-tanque quebrado."Todos os policiais estão ocupados resgatando e enterrando suas próprias famílias", disse Manuel Deheusch, o dono de uma fábrica de telhas. "Eles não têm tempo de patrulhar as ruas."
A Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah, na sigla em francês), dirigida militarmente pelo Brasil, voltou suas atenções para resgatar as vítimas do tremor e garantir a ordem pública nas ruas do país.
"Soldados e policiais da ONU estão em patrulha noite e dia desde que ocorreu o terremoto, para assim manter a ordem e ajudar nas operações de resgate", disse o porta-voz interino da Minustah, Vincenzo Pugliese, em comunicado divulgado na sede da ONU em Nova York.
A Minustah foi criada em 2004 pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas para restaurar a ordem depois da violenta queda e saída do país do ex-presidente Jean Bertrand Aristide. Atualmente, conta com mais de sete mil militares e dois mil policiais, além de quase 1.800 funcionários civis de diferentes países.
Ajuda internacional
Os Estados Unidos estão enviando 3.500 soldados e 300 trabalhadores da área médica para ajudar com o resgate e a segurança na capital devastada. As primeiras equipes deveriam chegar ainda na quinta-feira. O Pentágono também enviaria um porta-aviões e três barcos anfíbios, incluindo um capaz de transportar até 2.000 fuzileiros navais.A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, disse que uma equipe militar dos EUA reabriu o aeroporto de Porto Príncipe para que aeronaves pesadas pudessem começar a trazer auxílio.
Ela prometeu assistência de longo prazo dos EUA ao debilitado governo haitiano. O Parlamento, o palácio nacional e muitos prédios governamentais desabaram e não estava claro quantos parlamentares e autoridades sobreviveram. A principal prisão também ruiu, permitindo a fuga de criminosos perigosos.
Países de todo o mundo ofereceram ajuda. O ministro das Relações Exteriores da França, Bernard Kouchner, disse que três aeronaves do governo francês transportando 40 toneladas de equipamentos, médicos e funcionários de segurança já haviam aterrissado no Haiti e outras duas estavam a caminho.
EUA, China e países da Europa estão enviando equipes de resgate, algumas delas com cães farejadores e equipamento pesado, enquanto outros governos e grupos de ajuda humanitária ofereceram barracas, unidades de purificação de água, alimentos e equipes de telecomunicação.
Cadáveres nas ruas
Depois do terremoto de terça-feira, seguido por três réplicas menos intensas, as ruas e praças da capital haitiana se transformam em um grande dormitório coletivo na parte da noite.
De dia, essas mesmas pessoas vagam por uma cidade onde os cadáveres apodrecem nas ruas, os feridos esperam um auxílio que não chega e ainda é possível ouvir os lamentos das pessoas presas sob os escombros dos vários edifícios que desabaram.
Corpos estão espalhados pelas ruas do Haiti / Reuters
Ao menos 1.500 corpos estão empilhados dentro e fora do necrotério do hospital geral de Porto Príncipe e caminhonetes continuam levando ao local as vítimas do terremoto de terça-feira que devastou o Haiti, informou o diretor do hospital.
Em meio a esse panorama, não há autoridade ou ordem. As pessoas se ajudam, enquanto alguns esforçados integrantes de organizações humanitárias tentam aliviar um pouco a situação.
O presidente haitiano, Rene Préval, e os membros de seu gabinete estão em Porto Príncipe, alguns até percorreram as ruas para observar pessoalmente os danos, mas não se reúnem nem tomam decisões em parte por causa da destruição de muitos dos edifícios públicos e ao fato de que as comunicações não funcionam.
Terremoto devastador
O terremoto de 7 graus na escala Richter ocorreu às 19h53 de Brasília na última terça-feira e teve epicentro a 15 quilômetros de Porto Príncipe, a capital do Haiti.
Além dos 14 soldados brasileiros mortos, a brasileira Zilda Arns, fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, ligada à Igreja Católica, também morreu no tremor.

domingo, 3 de janeiro de 2010

( 76 MORTOS NO SUDESTE ) Temporais no sudeste do "BRASIL" deixa saldo de 76 vítimas fatais

Estado mais afetado pelos temporais é o Rio de Janeiro, com 63 vítimas, 41 delas em Angra dos Reis



SÃO PAULO - O número total de mortos pelas chuvas que atingem o Sudeste do País subiu para 76 para neste sábado, 2. O Estado mais afetado é o Rio de Janeiro, com 63 vítimas, 41 delas em Angra dos Reis. Dez pessoas morreram em São Paulo e três em Minas Gerais.

(RASTRO TRÁGICO DE DEZEMBRO) Deslizamentos causam mortes em Angra dos Reis

(A TRAGÉDIA EM ANGRA) Chega 41 o número de mortos em Angra dos Reis


Um dia após a tragédia provocada pelas chuvas que matou, pelo menos, 41 pessoas em deslizamentos de terra em Angra dos Reis, no litoral sul do Rio, turistas assustados decidiram deixar a Ilha Grande, onde o desmoronamento de uma imensa barreira destruiu uma pousada, quatro residências de moradores e três casas de veraneio.

Mesmo com o dia ensolarado após o fim de ano chuvoso, dois saveiros partiram pela manhã da Enseada do Bananal, na Ilha Grande, com 120 turistas, os últimos que estavam na área do acidente. Cerca de 120 bombeiros, agentes da Defesa Civil e voluntários estão trabalhando na busca às vítimas na Ilha Grande e no Morro da Carioca, no continente, onde quatro corpos foram resgatados na manhã de hoje, elevando para 13 o número de mortes confirmadas no deslizamento de uma barreira sobre casas da comunidade. De acordo com a Defesa Civil, 337 pessoas estão desabrigadas na cidade, 565 desalojados e 189 residências interditadas.
Pela manhã, os bombeiros começaram a utilizar cães farejadores nos trabalhos de resgate. Mais uma retroescavadeira chegou à ilha, transportada em uma balsa. Agora, dois equipamentos desse tipo são usados na retirada de toneladas de terra e pedras que encobriram sete casas e destruíram parte da Pousada Sankay. Com cerca de 500 metros de extensão, a enseada tem 278 moradores, uma comunidade muito ligada entre si.

São Paulo

O Corpo de Bombeiros localizou no sábado o último corpo que estava soterrado no município de Guararema, na Grande são Paulo. Trata-se de um menino de 10 anos. Além da criança, dois homens, de 70 e de 45 anos e uma mulher de 22. Na sexta-feira, uma mulher foi resgatada pelo helicóptero Águia e encontra-se internada no Hospital Santa Marcelina, em São Paulo.

A cidade está com todos os acessos interditados, já que a chuva provocou a queda de uma barreira no km 75 da rodovia Mogi-Guararema, e interditou o único acesso ao município.

Em Cunha, no Vale do Paraíba, seis pessoas morreram na sexta-feira. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, as vítimas são membros de uma mesma família e já foram identificadas. São elas, Manoel Moron Rubres, 76 anos; Érica Rubres Moron, 70 anos; Mário Penha da Silva, 46 anos; Ingrid Rubres Moron, 44 anos; Eduardo Moron Silva, 15 anos e Sabrina Moron Silva, 12 anos. A única sobrevivente, Alice Moron, 41 anos, está internada em no Hospital Frei Galvão, em Guaratinguetá, onde passou por cirurgia.

A cidade ainda continua isolada por conta de queda de barreiras e de pontes nas estradas que ligam o município a Silveiras e Paraty. No km 37, da rodovia Paulo Virgílio (SP 171), as águas do rio Jacui ainda inundam a estrada, impedindo o acesso à cidade.

Em São Luís do Paraitinga, também no Vale do Paraíba, cerca de 90 prédios tombados pelo Patrimônio Histórico estadual estão ameaçados pelas águas. Pelo menos três casarões localizados na praça Oswaldo Cruz, no centro cidade, e metade da centenária igreja matriz de São Luís de Toloza, já desabaram na manhã deste sábado, e os demais correm risco de cair. Outra igreja centenária, a mais antiga da cidade, a Capela das Mercês, também foi atingida pela catástrofe.

Desde a noite de quinta-feira, véspera do Ano-Novo, a cidade está sob as águas do rio Paraitinga, que está oito metros acima do seu nível normal. Segundo a Defesa Civil, cerca de quatro mil pessoas estão desabrigadas e isoladas. Pelo menos 60% da população, de 10,9 mil habitantes, estão sendo prejudicados direta ou indiretamente pelas chuvas.

Minas

Em Juiz de Fora, três pessoas morreram após o deslizamento de terra de uma encosta na madrugada de sexta-feira. A terra destruiu metade da residência de dois andares, localizada no bairro Cesário Alvim.

De acordo com o 4º Batalhão do Corpo de Bombeiros, cinco pessoas de uma mesma família estavam no imóvel e dormiam depois da celebração do réveillon. Um casal conseguiu escapar sem ferimentos.