Por Nivaldo Cordeiro Como interpretar o circo armado por Zelaya em Honduras? Como entender o papel de Lula e do governo brasileiro nessa enrascada? E, sobretudo, como entender a omissão de Obama e dos EUA? Muitas charadas numa única esfinge. Zelaya está a nos dizer: decifra-me ou te devoro. Comecemos do começo. Zelaya foi deposto em movimento cívico-militar legítimo, que resguardou as instituições democráticas e a ordem pública em Honduras, contra o aventureirismo continuista do então presidente Zelaya. Saiu corrido levando consigo a sua vida miserável, de traidor da Pátria vendido a Hugo Chávez, Lula e a todo o Foro de São Paulo. Desde então virou o palhaço principal do circo armado contra os poderes constituídos em Honduras. Desde o início Hugo Chávez e seus patrões, instalados no Palácio do Planalto, manejaram os cordéis, nem sempre por detrás dos panos. Os atores do Foro de São Paulo estão tão confiantes que perderam o pudor e o medo do flagrante delito. Estão muito à vontade para a prática de maldades políticas, não apenas em seus países, mas onde acharem que devem se meter. Para eles, a sua revolução cabe em todo o mundo, até em Honduras. Sobretudo em Honduras, onde conseguiram cooptar o palhaço de chapéu branco, Zelaya. A invasão da embaixada brasileira é mais um ato dessa ópera-bufa, tendo o duplo propósito de fazer propaganda visando às próximas eleições e de pressionar os poderes constituídos hondurenhos. Um jogo de xadrez está em curso e não deixo de perceber que se oculta nos lances o humor sinistro dos jogadores. O famoso MAG (*) é o enxadrista maior, o mefistofélico ministro sem Pasta de Lula Lá. Mais complexa é a atuação de Obama. Zelaya só invadiu a embaixada brasileira com sua permissão prévia e acordada, sob a orientação dos maiorais do Foro de São Paulo que vivem ao Sul do Equador. O risco pessoal é só dele, Zelaya, o ridículo é só dele, o fracasso será só dele. Hussein Obama fica vendo tudo nos bastidores. Os que controlam os cordéis bem sabem disso. Fosse outro o presidente norte-americano nada disso estaria acontecendo, mas Obama é um dos sócios ocultos do Foro de São Paulo, essa câmara deliberativa da insurgência esquerdista planetária. Omitiu-se e mais, avalizou que o teatro do absurdo fosse devidamente encenado. Logo, Obama é um dos jogadores maiores nessa partida publicitária. Lula hoje pediu a volta de Zelaya ao poder, emprestando a sua figura e a majestade da Presidência da República a essa estultice toda. E ainda mandou o chanceler Amorim convocar a ONU para falar do assunto. A mim quer me parecer que se faz um ensaio geral de como agir, o conjunto da esquerda no poder, quando algum direitista metido a besta resolver atravessar o seu caminho. O enigma está decifrado: é um exercício de poder mundial contra uma pequena república caribenha, que se mantem altiva e dona de seu próprio destino. Em Honduras há um símbolo: sua derrota será a derrota dos democratas; a volta de Zelaya ao poder será a confirmação de que, de fato, está tudo dominado. (*)Marco Aurélio Garcia, o ventríloquo que fala com a voz do boneco Lula.
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