quarta-feira, 23 de setembro de 2009

(CRISE DIPLOMÁTICA) Embaixada do Brasil esta cercada por tropas Hondurenhas



Por Gustavo Palencia e Anahí Rama (REUTERS)
TEGUCIGALPA (Reuters) - Soldados e policiais antimotim hondurenhos cercaram nesta quarta-feira a embaixada brasileira na capital Tegucigalpa, onde o presidente deposto Manuel Zelaya está refugiado, no que ameaça se tornar uma longa disputa que deve agravar a crise do país. Leia mais: (CRISE DIPLOMÁTICA) Embaixada do Brasil esta cercada por tropas em Honduras , (CRISE DIPLOMÁTICA) Honduras acusa Brasil de ingerência , (CRISE DIPLOMÁTICA) Governo de Honduras Reprime partidários pró Zelaya, deixando dois mortos, afirma TV , (CRISE DIPLOMÁTICA) Presidente do Brasil pede saída negociada a autoridades de Honduras , (QUESTÃO DIPLOMÁTICA) Governo de facto de Honduras pede que Brasil entregue Zelaya Centenas de efetivos de segurança, alguns mascarados e outros portando armas automáticas, cercaram uma área ao redor do prédio da embaixada do Brasil onde Zelaya se refugiou com a família e um grupo de 40 partidários.
Zelaya entrou em Honduras escondido, na segunda-feira, pondo fim a quase três meses de exílio após ter sido retirado do poder por um golpe de Estado em 28 de junho.
O governo brasileiro disse que garantirá a proteção do presidente deposto dentro da embaixada e pediu ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas uma reunião de emergência para discutir a pior crise na América Central em décadas.
Policiais e militares dispersaram com bombas de gás lacrimogêneo, carros hidrantes e uma antena que emitia um som ensurdecedor os manifestantes que se aglomeravam diante da embaixada brasileira na terça-feira. Os manifestantes pró-Zelaya se defenderam jogando pedras, num conflito que deixou dezenas de feridos e presos.
O presidente de facto, Robert Micheletti, disse que Zelaya pode ficar na embaixada por "5 ou 10 anos, nós não temos nenhum inconveniente que ele viva ali", sinalizando estar preparado para um conflito demorado.
Várias testemunhas disseram na terça-feira que a eletricidade e a água da embaixada estavam cortadas, mas que estava permitida a entrada de alimentos.
Os Estados Unidos, a União Europeia e a Organização dos Estados Americanos (OEA) pediram uma saída negociada para que Zelaya retorne ao poder.

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